[PT]
“É na indefinição da paisagem que ela surge no máximo sentido.” – Pedro Calapez, in Finisterra, XXXVI, 2001.
A condição arquitetónica, ainda que atravessada pelas mais inesperadas soluções formais e técnicas marcou sempre, como matriz organizadora e até estruturante, o trabalho de Pedro Calapez (Lisboa, 1953).
A par dela, está a memória e um manancial de referências que desconstrói, depura e reinventa para criar fragmentados “campos polícromos de caráter abstrato”.
Centrada na sua produção mais recente, concretamente nos trabalhos realizados em 2011 e 2012, a presente exposição propõe ao olhar do visitante um campo visual muito diferenciado. Novos temas, formas e abordagens parecem manter infinito o campo de possibilidades de uma obra que, num contexto contínuo de experimentação, surge alicerçada na reformulação dos protocolos conceptuais da pintura.
Jorge Costa, excerto de Entre A Abstração E A Referência, texto do catálogo.
[EN]
“It is in the landscape’s lack of definition that it emerges in its full meaning.” – Pedro Calapez, in Finisterra, XXXVI, 2001.
Architecture, albeit traversed by the most unexpected formal and technical solutions, has always marked the work of Pedro Calapez (Lisbon, 1953) as an organising and even structuring matrix. Alongside architecture are memory and a well spring of references that he deconstructs, refines and reinvents in order to create fragmented “polychromatic fields of an abstract nature”[i].
Focusing on his most recent work, specifically pieces created in 2011 and 2012, this exhibition offers the visitor a highly differentiated visual field. New themes, forms, series and approaches seem to ensure that an infinite range of possibilities is offered by a body of work which, in a context of continuous experimentation and questioning, has been grounded from the very beginning in the reformulation of the academic principles and conceptual protocols of painting.
[i] Cf. Júlio César Abad Vidal – Las Pinturas Invisibles de Pedro Calapez, galeria Max Estrella, Madrid, 2003.
Jorge Costa, excerpt from Between Abstraction And Reference in the catalogue