Revela-se a sua pintura pela substância de largas pastas de tinta, arrastadas em camadas, numa contínua sobreposição de transparências e fusões de cores, num profuso e desconcertante uso da cor, expressão simultânea de um gesto e de uma atitude. Por outro lado as grandes dimensões e a utilização de suportes elaborados complexificam a usual definição de “quadro”.
É no repetido cruzar da espátula na superfície da tela, do alumínio ou do papel que se desenrola o processo da pintura de Calapez. Tendo na sua juventude jogado basquete aprendeu a jogada de ataque em criss-cross, de que intenta agora um paralelo nesta exposição, evocando a acção corporal e física que emana da sua pintura.